Estudar fora do Brasil.


Antigamente, a possibilidade de estudar no exterior era quase zero, levando em conta o preço das passagens, acomodações e escolas, entre outros. O sonho de realizar uma viagem para outro país, conhecer diversas culturas e aprender uma língua estrangeira está cada vez mais perto de se tornar realidade. Por meio do intercâmbio, muitos estudantes conseguem estudar e até trabalhar no exterior, por programas de empresas particulares, clubes, e universidade brasileiras conveniadas com estrangeiras. Se o intercâmbio for feito por meio de universidades, aposte em um bom histórico escolar, em um projeto de pesquisa e em uma boa carta de recomendação.
Viajar para outro lado do planeta é saber se adequar aos costumes do local, ter muita responsabilidade e se informar o máximo possível. O mercado de trabalho valoriza muito a experiência acadêmica e profissional no exterior, por isso vale à pena enfrentar grandes desafios. Voltar para o Brasil com uma língua fluente e diploma superior, é um dos motivos do intercâmbio ser procurado.
Existem várias opções de moradia para quem quer fazer intercâmbio. Pode-se ficar em casas de família, alojamento estudantil, internatos, hoteis, e até alugar um imóvel.
Há muitos destinos para se ir, como a Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Alguns, são mais baratos, outros integram estudo e trabalho.
A opção de estudar fora se dá as vezes pelo custo de preço mais barato, ou pelo status profissional que o estudante consegue por ter estudado em uma Universidade de peso, conseguindo um emprego mais rapidamente. Algumas universidade oferecem bolsas de estudo, o que facilita ainda mais.
Como todo desafio, há barreiras para enfrentar, como por exemplo, a possível perda de relações sociais, já que o intercambista pode ficar muito tempo longe. A adaptação também é algo difícil de se realizar. Há também toda as burocracias, a correria, o stress cotidiano e os gastos com comidas, roupas e lazer. A distância entre os pais, amigos e parentes é algo que o coração tem que aguentar, mas que nem sempre é fácil. Tudo na vida tem seu lado positivo e negativo, para se estudar fora do Brasil é preciso ser persistente, correr atrás de seu objetivo e ter muita vontade e dedicação.

Depoimentos

Nome: Verônica Yaedu Suguimati
País de Intercâmbio: Tailândia
“Decidi que gostaria de fazer intercâmbio há dois anos, e foi quando fiz a minha prova; recebi a notícia que passei dois meses depois, e que iria para o local que eu tinha escolhido. Mas entre tantas opções, desistências, escolhas, perguntaram se eu não gostaria de ir para a Tailândia, pois tinha uma vaga. No começo fiquei pensativa, não sabia nada sobre o local, minha família não tinha gostado muito da idéia, por falta de informação, mas conversamos e decidi me arriscar nessa aventura, e confesso que não me arrependo e se pudesse faria tudo de novo. Os preparativos, festas, compras, frio na barriga, ansiedade, entre outras coisas, chegou o dia da viagem; correu tudo bem e cheguei ao meu destino. Tudo muito diferente, outra cultura, outros comportamentos, outra língua, um alfabeto completamente diferente, e mesmo com tudo isso consegui me dar bem. E vou dizer que vale muito a pena, foi a melhor experiência da minha vida e o meu melhor ano. Aprendi muito; conheci uma cultura nova; aprendi a dar mais valor no nosso país, na nossa cultura e principalmente na minha família; mostrei que apesar de tudo nosso país tem muita coisa boa; aprendi a conviver com as diferenças; mudei minha opinião sobre muitas coisas, e, além disso, cresci e amadureci muito. Mas o mais importante dessa experiência toda foram as amizades que eu fiz. É claro que tive dificuldades, passei por momentos difíceis, quebrei muito a cara tentando fazer o que eu achava certo, mas no final deu tudo certo. Outra coisa ruim é a saudade, que a gente acha que vai ser fácil, não iremos sentir; confesso que no começo foi fácil, consegui me controlar, mas nos últimos três meses foi piorando, fiquei mal por um tempo, mas depois passou, pois foi chegando a hora de deixar tudo, aquela vida que eu tinha construído, os amigos que eu tinha feito, a ‘família’ que realmente era uma família pra mim; e não foi fácil, foi tão difícil quanto deixar o Brasil na hora da partida. Mas não me arrependo de nada, talvez pudesse ter aproveitado mais, mas valeu a pena.
Muita coisa é dita sobre ser um intercambista, mas somente quando se vive essa experiência e vivencia tudo isso, as coisas fazem sentido. Isso definitivamente não é fácil e querendo ou não, quando termina o intercâmbio percebemos que mudamos e amadurecemos. Quando seu intercâmbio terminou, eu finalmente percebi que posso agüentar muito mais coisas que nunca imaginei conseguir. E aprendi que precisamos apreciar as coisas que temos porque elas vão embora antes que pensamos. A vida não é fácil; e verdadeiras amizades realmente são para sempre. A melhor parte em ser um intercambista não são as festas, as viagens ou lugares que conhecemos, não a independência que adquirimos e nem a experiência que vivenciamos, mas sim, as amizades que conquistamos. E não estou falando das amizades que fiz com os amigos tailandeses, mas das amizades que você fiz com os outros intercambistas. Para muitos de nós, eles são os primeiros ‘amigos’ que fazemos nessa nossa nova experiência; nós nos encontramos em reuniões de orientação, viagens, conferências. E eles são as primeiras pessoas que realmente falamos sem termos a sensação de estar falando em outra língua. Não interessa o que, mas existe uma grande diferença entre as amizades com os amigos tailandeses e com os intercambistas. Intercambistas tem algo de especial. Apesar da língua e cultura diferentes, nos entendemos uns aos outros porque passamos por situações semelhantes. A pior parte de encarar o final do intercâmbio é aceitar o fato de que pode demorar um tempo para poder voltar a rever os amigos intercambistas de novo. Porque uma vez que deixei a Tailândia, sei que de um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde irei voltar, mas quando eu terei tempo e dinheiro suficiente para viajar pelo mundo novamente? Muitos de nós ficamos amigos por estudarmos na mesma escola, morar na mesma cidade e perto um do outro. Outros nós encontramos ao longo do ano, durante reuniões, conferências, viagens. Ah, as viagens.. no primeiro dia ninguém se conhece, todos estamos tímidos, mas no final dela, todos já nos conhecemos e dizer adeus no último dia é muito triste, assim como foi quando me despedi dos meus amigos e familiares quando deixei o Brasil. Na primeira viagem, quando é hora de se despedir não é tão ruim assim, porque ainda tive o ano inteiro pela frente, então as chances de encontrar os amigos foram muito grandes. O tempo passou e lentamente chegou ao fim. Aconteceu a última viagem.. e provavelmente foi a última vez que vi muitos dos meus amigos por Deus sabe lá quantos anos. Essa sensação é simplesmente horrível! Foi quando eu quis que as coisas nunca chegassem ao fim. Quando eu gostaria de voltar no tempo e fazer tudo de novo, ou talvez fazer coisas que eu gostaria mas nunca tive coragem de fazer, como passar mais tempo com algumas pessoas, conhecer cidades e templos, viajar mais, passear mais. E lá está eu dizendo adeus, brigando com as lágrimas e fazendo promessas para pessoas que nunca tinha imaginado encontrar um dia! Infelizmente as coisas nem sempre são do jeito que a gente quer que seja, e nem tudo é possível! Uma vez que o ano acaba, é nesse momento que percebi as pessoas que sempre sentirei muitas saudades. Os meus amigos estão espalhados pelo mundo todo, e às vezes me pego pensando neles que estão a meio mundo longe de mim, me dá saudades e tenho que lutar contra as minhas lágrimas. As ocasionais cartas, telefonemas e emails dos meus amigos são de um imenso valor e trazem muito brilho para aquele dia ou semana ruim. Depois de muito tempo, ainda lembrarei-me do tempo que passei na Tailândia com muitas saudades, mas verei que tudo valeu a pena e se pudesse faria tudo de novo.”

Nome: Djonatam Mendonça Stalochfaculdad
País de Intercâmbio: Bolívia
"Resolvi estudar fora do pais pela facilidade de entrar na universidade, sem vestibular, o custo nao é o absurdo cobrado no brasil saindo pela metade do preço nas faculdades particulares. Eu nao pago nada, pois entrei na federal daquii fazendo uma prova de 2 graus simples."

Nome: Jacksiani:
"Entao, o programa que estou é mais trabalho do que de estudo.Tem como uma das obrigações ter uma certa quantidade de horas em estudo, mas nao é exclusivamente pra estudos. Enfim... Em primeiro lugar vim porque gostaria de adquirir fluência em ingles.Tambem queria vivenciar a cultura de uma maneira completa. Por isso nao fiz os programas que apenas duram alguns meses e você mora "sozinho". Fiz esse programa chamado "Au pair" que dura um ano e você mora com uma familia americana. Outro motivo eh que qualquer curso ou experiencia internacional tem grande peso em seu curriculum. Brasileiro em especial (nao que outros países também não façam) tem mania de SUPER valorizar o que vem de fora. Pretendo morar em outros paises ou pelo menos um na Europa quando eu estiver cursando a faculdade. A riqueza pessoal que te acrescenta é de valor imensuravel!"

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